segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Governo de Passos Coelho faz questão de não acertar uma

O quadro de crise obriga os Governos a aplicar medidas pouco agradáveis, ainda assim, as crises, como sempre, devem ser encaradas com sensibilidade, tomando medidas que compensem as pessoas das medidas austeras de que são alvo, e podem representar oportunidades. Uma dessas oportunidades é a da valorização do uso dos transportes públicos, com nítidos ganhos para todos.
 
Em Portugal, em que as principais cidades do País têm excesso de automóveis, esta era uma altura adequada para valorizar o transporte público, ajudar o ambiente urbano e, no quadro de aperto, aliviar o orçamento familiar, com a promoção do uso dos transportes públicos, através da baixa do preço dos títulos de transporte. Isso gera mais ganhos, pois mais pessoas acabam por recorrer aos transportes públicos, dadas o aumento das despesas, por haver mais impostos, e a perda de rendimentos, com a baixa dos vencimentos. O transporte individual é um custo elevado e se há alternativa, o transporte público, sendo acessível e mais barato, compensa.

Há uns meses, o Presidente da Câmara de Milão, já em pleno período de crise, tomou duas medidas: subir o preço dos bilhetes de transporte público por uma simples viagem e tornar o preço do passe mais barato. Agora, na capital austríaca, a baixa do preço dos passes fez com que no último mês, oito mil pessoas adquirissem o passe anual (passa de 449 euros para 365 euros, uma redução de 84 euros, o que representa um custo mensal de cerca de 30,50€, ou seja, num país com um poder de compra e vencimentos e pensões muito superiores aos nossos, os transportes públicos acabam por ser, proporcionalmente, muito mais baratos do que em Portugal).

Em vez de seguir esta linha, o Governo aumenta três vezes, em menos de um ano, o preço dos transportes públicos e impõe uma redução de vencimentos.

Em nenhuma área o Governo do PSD/CDS acerta e nem manifesta preocupação com as pessoas.  

1 comentário:

  1. O aumento significativo das tarifas dos transportes deve-se ao cacique partidário ( aqui entram todos os partidos, que governaram Portugal nos ultimos anos). Cacique que levou a despesas completamente dispares em certas empresas como a Carris e a CP.

    Senão vejamos: um máquinista de topo de carreira deveria ganhar liquidos 34000€, mas como alguns são colocados como posições politicas acabam por ganhar 50000€. Ourto exemplo é necessário a administração da Carris trocar de carro todos os anos? Admite-se que um motorista sobrinho de um secretário de Estado ganhe 4600€, qundo os colegas ganham 1000??? Tudo isto para não falar das despesas de representação que acabam por englobar colares, canetas, vestidos, etc, etc,etc....

    Os transportes publicos em Portugal dão prejuízo, porque são muitos a comer do mesmo tacho. Culpados? Os governos PSD, CDS e PS e o povo português que vê e fica calado.

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