Depois de ter perdido cerca de quatro milhões de votos, em 20 de Novembro de 2011, quando comparados os resultados com as legislativas espanholas de 2008, o PSOE entra num processo interno de escolha do sucessor de José Luís Rodriguez Zapatero e esta corrida interna promete qualidade.
Hoje, o candidato à Moncloa que perdeu com Rajoy, e um dos grandes Ministros dos anteriores Governos, Alfredo Pérez Rubalcaba, apresentou a sua candidatura à liderança, que se disputa no Congresso de Sevilha, no início de Fevereiro de 2012. Esta era uma incógnita, se depois da pesada derrota de Novembro, o homem que deu a cara pelos socialistas se apresentaria à liderança do partido (refira-se que Rubalcaba foi o candidato, mas a liderança do PSOE continuou a ser de Zapatero). Há poucos dias as dúvidas foram dissipadas e, hoje, na sede da UGT, em Madrid, Rubalcaba assumiu a sua candidatura.
Por outro lado, a esperada candidatura, ainda não assumida, de outra governante de Zapatero, Carme Chacón, já anda por terras espanholas, a apresentar a causa: mucho PSOE para hacer.
A escolha é dos socialistas espanhóis e uma medida é consensual nesta corrida: ambos defendem que a partir de agora os candidatos do PSOE devem ser escolhidos através de directas, isto é, filiados e cidadãos têm direito a voto e elegem o candidato do partido, à imagem da escolha do candidato socialista à presidência de França. Um debate que também se gerou no PS português, na recente eleição do Secretário-Geral, entre António José Seguro e Francisco Assis.
O debate começa a aquecer e já há contributos válidos, como este Un PSOE nuevo con los valores de siempre, de José Martínez Olmos, ou esta plataforma, merecedora de atenção, criada por militantes, Bases en Red.
Não menos irrelevante para esta eleição é o facto das eleições para o Governo andaluz, em Março, que obriga os candidatos, no combate interno, a uma preocupação de contribuírem para a vitória dos socialistas no derradeiro bastião socialista em Espanha (a esmagadora maioria das comunidades autónomas em Espanha são lideradas pelo PP e o PSOE, actualmente, só lidera na Andaluzia, desde sempre, e no País Basco). Não é por acaso que o Congresso é em Sevilha, assim como o PP fará, poucos dias depois, também na capital andaluz, o seu Congresso, no que será um grande combate, entre a vontade de querer manter o poder e, ao mesmo tempo, dar sinais de recuperação (o PSOE) e de quem quer consolidar o poder em todo o país (o PP).
A seguir esta escolha do PSOE.
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