domingo, 1 de janeiro de 2012

2012

As mudanças políticas que vão acontecer este ano serão marcantes para o futuro da década que temos pela frente.

A China irá mudar de líder. Hu Jintao vai deixar o poder e Xi Jiping vai ser indicado, neste ano, no Congresso do PC chinês, o próximo Presidente da República Popular da China. Uma mudança que não desviará o rumo do colosso asiático, iniciado no final da década de 70 do século XX por Deng Xiaoping, mas representa um novo salto, nesta fase de liderança mundial dos chineses.

Na Rússia, Putin deve renovar o poder, nas eleições presidenciais de Março, porém, como o último mês de Dezembro demonstrou, a popularidade do actual Primeiro-Ministro está em queda. E o passeio de outrora não continuará.

Nas Américas, destaque para as eleições presidenciais da Venezuela, México e EUA.

Hugo Chávez já teve o seu auge e a imagem de debilidade, associada à doença, da qual ainda não se sabe bem se está completamente restabelecido, a par de fracos resultados da economia, pode causar uma surpresa. O populismo nunca esteve tão vulnerável na pátria de Bolívar, como está actualmente.

No México, um dos gigantes mundiais, e ainda pouco entendido como tal, Felipe Calderón colocará um ponto final ao seu mandato, marcante pelo combate que fez aos cartéis de droga. 2012 pode representar o regresso ao poder federal do outrora dominante PRI.

Nos EUA, Obama está em condições de revalidar o mandato, mas a tarefa não será tão fácil, mesmo perante um candidato Republicano fraco.

Em África, a eleição legislativa angolana será mais um teste à democracia da pátria dos palancas e Eduardo dos Santos, que ainda não disse qual a sua disponibilidade para continuar na presidência do país, nas vésperas da decisão deverá anunciar vontade de continuar.

No norte do continente africano, o teste às mudanças radicais iniciadas em 2011 vai continuar. De Marrocos ao Egipto, veremos o despertar de um sistema democrático ou, então, a continuação dos anteriores sistemas e regimes, mas com outros intérpretes e que representam novos riscos regionais com impacto global.

No Médio Oriente, as eleições palestinianas deste ano podem ser marcantes e obrigar, como devem, Israel a encetar negociações com a Autoridade Palestiniana, agora que o Hamas demonstra querer guerrear com as palavras, em vez das armas. Na Síria, 2012 deve ser o ano decisivo, da afirmação ou queda do regime de Al-Assad.

Na Europa, a eleição do presidente francês será decisiva, para o futuro da França e da UE. UE que terá, neste ano, um grande teste ao €uro. Depois de um ano de aflições e dificuldades, a moeda única estará debaixo de fogo, isto é, ou as lideranças europeias assumem as suas responsabilidades em conjunto e com soluções para todos ou as soluções a cargo de cada nação apenas contribuirão para o fracasso europeu.

Em Portugal, deveremos ter mais do mesmo, do que tivemos nos últimos meses e o empenho pelo crescimento estará arredado das preocupações dos nossos governantes.

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