terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A sangrenta luta mexicana

 
Neste interessante artigo, é realçado o facto de Obama, no discurso da semana passada, no Capitólio, não ter referido a situação perigosa que se vive no México. De facto, os números dos últimos anos são aterradores, mas não é tida em consideração o outro lado da moeda, ou seja, a forma como os cartéis de droga mexicana se entranharam e ganharam fortes raízes numa das potências mundiais (o México faz parte do G20).

A política do Presidente Calderón tem esta marca negativa e inapagável, mas representa o começo de um combate ao narcotráfico sem precedentes e que o México precisa de travar pelo seu futuro, e foi, durante décadas, ignorado pelo poder político, que se acomodou e viu crescer impunemente os cartéis de droga, de alcance mundial.

Tal como na Colômbia, que é um bom exemplo do árduo mas bem sucedido combate, este não é um assunto fácil e não é um combate só do México e dos EUA, é de todo o mundo. Os cartéis mexicanos são dos mais poderosos e geram milhões de dólares todos os dias. Ignorar este facto, pensando que se trata de uma questão regional, é um erro. Parte significativa da droga que circula na Europa tem origem no México ou provém dos cartéis mexicanos.

Faltam poucos meses para as presidenciais mexicanas e vale a pena acompanhar o debate que se gera, até por esta questão do combate aos cartéis ser relevante. Irão os candidatos apoiar ou recusar o caminho árduo, mas necessário de Calderón?

Uma campanha a seguir.

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