Según un informe oficial de la Oficina del Procurador General de México del 11 de enero, el número de muertos de la guerra mexicana contra los carteles de la droga durante los últimos cinco años asciende a 47.515. Eso es más que los muertos en Irak durante el mismo periodo, y casi dos veces el número de víctimas en Afganistán.
Neste interessante artigo, é realçado o facto de Obama, no discurso da semana passada, no Capitólio, não ter referido a situação perigosa que se vive no México. De facto, os números dos últimos anos são aterradores, mas não é tida em consideração o outro lado da moeda, ou seja, a forma como os cartéis de droga mexicana se entranharam e ganharam fortes raízes numa das potências mundiais (o México faz parte do G20).
A política do Presidente Calderón tem esta marca negativa e inapagável, mas representa o começo de um combate ao narcotráfico sem precedentes e que o México precisa de travar pelo seu futuro, e foi, durante décadas, ignorado pelo poder político, que se acomodou e viu crescer impunemente os cartéis de droga, de alcance mundial.
Tal como na Colômbia, que é um bom exemplo do árduo mas bem sucedido combate, este não é um assunto fácil e não é um combate só do México e dos EUA, é de todo o mundo. Os cartéis mexicanos são dos mais poderosos e geram milhões de dólares todos os dias. Ignorar este facto, pensando que se trata de uma questão regional, é um erro. Parte significativa da droga que circula na Europa tem origem no México ou provém dos cartéis mexicanos.
Faltam poucos meses para as presidenciais mexicanas e vale a pena acompanhar o debate que se gera, até por esta questão do combate aos cartéis ser relevante. Irão os candidatos apoiar ou recusar o caminho árduo, mas necessário de Calderón?
Uma campanha a seguir.
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